Escolhida em 2018 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), a data de 07 de junho comemora o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos e, esse ano, o tema central é “Segurança alimentar, negócios de todos”. Antes de falarmos da importância de ter um dia mundial para conscientizar as pessoas e instituições sobre a importância do tema, vamos explicar o que é “segurança do alimento”.
A segurança do alimento garante a qualidade dos alimentos durante todo o processo, do plantio até o consumo para que os alimentos não tenham nenhum tipo de contaminação e não causem danos à saúde dos que consomem ou produzem. Os termos “segurança dos alimentos” e “segurança alimentar” são bastante confundidos, mas a Segurança Alimentar é um conceito de implantação de políticas públicas para garantir o direto de acesso a alimentação para todos, de forma qualitativa e quantitativa, mas claro que Segurança dos Alimentos e Segurança Alimentar caminham juntas e são um direito de todo o cidadão.
Vale lembrar que em 2019 a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) divulgou que a cada ano, 1 em 10 pessoas no mundo (cerca de 600 milhões de pessoas) adoece e 420 mil morrem após ingerir alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas, sendo as crianças menores de cinco anos as mais afetadas (125 mil mortes anuais).
O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos surgiu para chamar a atenção para esses dados e com isso inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar riscos transmitidos por alimentos, contribuindo para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável. Assim, além de chamar a atenção, trazer a necessidade do debate, da adoção de ações que promovem e conscientização à prevenção, detecção e gestão de risco relacionadas aos alimentos e agora, por conta da COVID-19, está ainda mais em discussão.
Muitos são os envolvidos no controle de qualidade e segurança dos alimentos e dentre eles, instituições e órgãos do governo como a vigilância sanitária, garantindo a segurança das cadeias produtivas e de distribuição no processamento e comercialização. De acordo com a OPAS, na América Latina e no Caribe, o Programa Regional de Segurança dos Alimentos, coordenado pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA), está trabalhando com países para fortalecer a segurança dos alimentos e os sistemas de vigilância.
Para que todos possam contribuir, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) criaram um guia para mostrar como todos podem se envolver. São 5 etapas para fazer a diferença de forma sustentada para a segurança dos alimentos, são elas:
1. Certifique-se de que é seguro. Os governos devem garantir alimentos seguros e nutritivos para todos(as).
2. Cultive alimentos inócuos. Produtoras(es) agrícolas e de alimentos devem adotar boas práticas.
3. Mantenha-se seguro. Os(as) operadores(as) de empresas devem garantir que os alimentos sejam transportados, armazenados e preparados com segurança.
4. Comprove que são seguros. Os(as) consumidores(as) precisam ter acesso a informações oportunas, claras e confiáveis sobre os riscos nutricionais e de doenças associados às suas escolhas alimentares.
5. Atue conjuntamente em prol da segurança. Governos, órgãos econômicos regionais, organizações da ONU, agências de desenvolvimento, organizações comerciais, grupos de consumidores e produtores, instituições acadêmicas e de pesquisa e entidades do setor privado devem trabalhar juntos em questões de segurança dos alimentos.
